NAQUELE DIA!
Aproximei-me de ti, e tu pegando-me na mão puxaste-me para os teus olhos transparentes como o fundo do mar para os afogados mirando o fundo da minha paixão martirizada infantilmente. Sentei-me naquela Igreja, naquela parede e ainda nos degraus da baixa descida da nossa Vila. Dúvida?! Lembro-me do som dos teus passos, uma respiração apressada, a fraqueza do meu receio ou um princípio de lágrimas incontidas nos olhos, e a tua figura luminosa atravessando a minha vista até desaparecer entre a chusma divorciada. Ainda ali fiquei algum tempo embora ausente, isto é, o tempo suficiente para me aperceber de que sem estares ali, continuavas ao meu lado puxando a minha vista perto de ti. Tudo aconteceu naquele dia. Recordo com rancor todas lágrimas que de mim transbordaram, todos olhares por mim cansados e ainda as palavras presas na minha garganta. E ainda hoje me acompanha essa doente sensação que me deixaste como amada recordação. Naquele dia respirei morto, palpitei o meu olhar incansavelmen
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