LANÇAMENTO DO LIVRO "LABIRINTO DE AMOR"

Cantífula de Castro e Dra Maria Helena Serrão, lançamento do livro 09.07.2011

Hoje, estou aqui na honrosa e difícil tarefa de apresentar o lançamento da obra “Labirinto de Amor” fazendo a ligação do UM e o MÚLTIPLO numa temática que faz sobressair o lirismo de alma aberto à realidade.
O seu livro, feitiço do tempo, faz do autor um cérebro privilegiado de imaginação, de realidade e de Amor, onde ressaltam as naturais interrogações da telepatia das emoções, governadas pelas paixões entre a dor e a sua própria dimensão.
Neste tipo de arte, o artista escreve duas vezes – transforma o real. É uma espécie de emblema que dá asas à necessidade. Improvisa o que a própria língua encerra, fazendo da escrita “um negócio da alma”.
Pede a exemplificação da poesia de Cantífula de Castro que realce algumas atmosferas de comunicação que, em meu entender, resumem a viagem temática do manuscrito, em que a fantasia modela a fria realidade e a luz da saudade!..., expressa nos versos:
«(...) Quero recuar no tempo e
Amart-te santamente;
As palavras caem vomitando
A nossa sensação;
A poesia como pilar da oração;
Como forma de vontade que
Cumula a desgraça ambulante;
O tempo de busca incandescente;
O tempo de palavras escassas
E certezas aparentes; a magia
E a vaidade do prazer;
A injustiça do amor;
O mundo comovente; o grande
Abismo do nosso peregrinar...;
Saudades que obrigam a
Imaginar (...)».
É este dominó de palavras, de evasão divina e animal..., de delírio de misérias peregrinas e leitos deliciosos de abismos, de ânsia e Ais, numa vertigem dum não sei que mais...
Que conduzem o fio de muralhas santas que semeiam o perdão e o amor que o seu cantar de palavras vazias, escuta o silêncio da existência incólume para ver a natureza em si mesma, sem Amor.
Foi assim que o nosso artífice, trabalhou a criação livre dos seus versos, como um carpinteiro da pena, como quem constrói um muro, como as velas de altar que dão brilho e vão morrendo, como sombra de Deus e luz de mim, com saudades do mundo donde vim!
É neste cenário partido e repetido, neste sonho com asas, nesta voz de cantar assim que pedimos, dê continuidade à trajectória literária que hoje lançamos e que os futuros leitores esperam de si.
São estes e outros contributos que tornam mais rica a Cultura Moçambicana.
Parabéns!!!
Por: Dra Maria Helena Serrão

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